Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Num tempo de desconfiança e manipulação, formar cidadãos conscientes é uma urgência nacional.

Portugal vive uma crise social e política tão profunda quanto chocante. A confiança nas instituições democráticas está em queda livre, a linguagem política tornou-se opaca e descredibilizada, e a cidadania ativa parece cada vez mais ausente do quotidiano nacional. Neste contexto, é urgente introduzir, de forma obrigatória no sistema de ensino, a cadeira de “Literacia em Ciências Políticas, Estudos de Serviços Públicos e Orçamentais.”

Não se trata de criar mais uma disciplina para decorar conceitos ou datas. O objetivo é claro: formar cidadãos com competências para compreender, analisar e participar conscientemente na vida política e administrativa do país. É fundamental que os futuros eleitores saibam como funciona o Estado, de onde vêm os recursos públicos, como são aplicados e quais os mecanismos de responsabilização disponíveis. A literacia política é hoje tão essencial como a literacia digital ou financeira — e não pode continuar a ser ignorada.

Além da lacuna educativa, enfrentamos uma realidade ainda mais preocupante: a manipulação da opinião pública em larga escala, frequentemente impulsionada por “opinadeiros” irresponsáveis e redes de bots automatizados. Que em 2025 ainda não existam sanções eficazes em Portugal ou na União Europeia para este tipo de interferência no debate democrático é, no mínimo, incompreensível.

A integridade da informação é um bem público e deve ser defendido com firmeza e prioridade.
Proteger o que já conquistámos enquanto sociedade — democracia, direitos, coesão social — implica agir agora.

A cidadania ativa não nasce do acaso. A democracia aprende-se. E é tempo de a ensinar.

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Subscritor(es): Tiago Matos


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